A História da Hospedaria Antiga e Xavier da Veiga

   José Pedro Xavier da Veiga,nasceu em abril de 1846.
Em 1873, foi eleito Deputado pela primeira vez, e reeleito para os biênios de 1874-75; 1876-77; 1878-79;, e para senador em 1882.

   Foi em Ouro Preto que conheceu D. Luíza Augusta Amaral, filha do Coronel Teixeira Amaral, com quem se casou em 1872.
   Em 1878, mudou-se definitivamente para Ouro Preto, onde se dedicou apenas à política e às letras, vindo morar no andar de cima da casa que hoje abriga a pousada HOSPEDARIA ANTIGA, que sofreu sua primeira reforma, para abrigar a família que crescia.

   Teve seis filhas, cada qual com seu quarto com direito ao nome escrito em placas de metal que ainda existem nos respectivos apartamentos da pousada.

   Um detalhe curioso é que nessa época a casa perdeu a escadaria de ligação entre os andares dando privacidade à família ao adquirir a tipografia em que se imprimia o antigo "Diário de Minas", fundando "A Província de Minas", na área que é hoje a cozinha e salão de café da pousada, seu primeiro número saiu em 01/01/1879.

   Na mesma casa criou o Arquivo Público Mineiro em 1895 e foi nomeado seu primeiro diretor este permaneceu na casa até 1901.

   Como este deveria ter uma Revista periódica, em 1903, saiu o primeiro volume da Revista do Arquivo Público Mineiro, já nas novas instalações na recém criada capital do estado, Belo Horizonte.

   Em 1897, após 18 anos de trabalho, publicou as "Ephemérides Mineiras", em quatro grossos volumes, trabalho que honra a Imprensa Oficial do Estado, onde foi impresso.

   As Ephemérides constituem uma reunião de dados e documentos, redigidos após demoradas leituras e pesquisas de impressos em geral pouco vulgares e de velhos manuscritos inéditos, colhidos em arquivos mais ou menos desordenados.

   Xavier da Veiga faleceu em 8 de agosto de 1910.

   Foi, em resumo, um poeta criativo e sentimental, um orador fluente e arrojado, um político polemico e respeitado, um funcionário dedicado, um chefe de família amoroso, um homem admirado e querido pela sociedade em que viveu. Um mineiro que amou a sua terra e a sua gente.